Egbé Mostra de Cinema Negro recebe Prêmio de Reconhecimeto Cultural Ilma Mendes Fontes

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on print
Share on email

Na noite da última quinta-feira, 21, a Egbé Mostra de Cinema Negro recebeu o Prêmio de Reconhecimento Cultural Ilma Mendes Fontes concedido pela Academia de Letras de Aracaju (ALA) dentro da categoria audiovisual. Na ocasião, a instituição comemorava, também, seus oito anos de fundação. De acordo com a ALA, o prêmio busca celebrar o trabalho criativo em suas diversas categorias, não só em Aracaju, mas em todo o estado de Sergipe. O evento ocorreu na Biblioteca Pública Epiphanio Dória.

Para João Brazil, diretor de produçao da Egbé Mostra de Cinema Negro, esse reconhecimento é muito gratificante. “A Egbé já está em seu oitavo ano de ações então importante sermos reconhecidos dentro da categoria audiovisual, trazendo para o cinema negro esse prêmio que carrega o nome de uma potência muito grande e que também teve seu importante papel no cinema”, destacou.

João Brazil ressaltou ainda a potência dos nossos artistas contemporâneos em suas diversas linguagens. “A galera está produzindo, Sergipe pulsa artisticamente, na música, nas artes cênicas, na dança, nas artes visuais, e o cinema tem essa relação interessante porque ele abraça, se relaciona com essas artes. Então, é muito importante nos encontrarmos , nos vermos e reconhecermos nossos trabalhos”, concluiu. 

Ilma Mendes Fontes ocupava a cadeira Nº 14 na Academia de Letras de Aracaju, hoje quem a ocupa é a escritora Taylane Cruz. Com cinco livros publicados, sendo três de contos, um de crônicas e, seu romance de estreia ‘Menina de Fogo’, a autora já passou pela equipe da Egbé e até hoje acompanha o trabalho da mostra com carinho. Ocupando também o cargo de Secretária Geral da Academia de Letras de Aracaju, Taylane Cruz, durante sua fala na abertura do evento, fez uma homenagem a quem carrega o nome do prêmio. “Ilma dispensa apresentações, pois sempre foi mulher de palavras diretas, imperiosas. Tão conhecida pelos longos e enluarados cabelos, e por seu jeito nem um pouco tácito de ser. Poeta, jornalista, médica, mulher do teatro, do cinema, das artes. Transitou pelo mundo sorvendo prazeres e amarguras, e defendeu até o fim seu caminho, o seu SER”.

Taylane Cruz também apontou a dificuldade que os fazedores de culturas encontram no estado. “Pudéssemos nós premiar de outras formas os nossos artistas, o faríamos. Sabemos que precisamos mesmo é de políticas públicas que assegurem o bem viver do artista; sem verborragias ou sofismos, precisamos de uma fala honesta e engajada com aqueles que constroem o chão simbólico desse estado. O Prêmio Ilma Fontes é um muito obrigada, uma benção, um abraço, um sorriso largo daquela que foi e sempre será uma das vozes mais retumbantes da nossa cultura.”