Produção de filme mobile: uma oficina

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Na última segunda, 12, a Egbé deu início à oficina “Produção de filme mobile”, conduzida pela produtora e realizadora audiovisual, Fernanda Almeida . Voltada, especialmente, para jovens negres da periferia, os encontros seguem até a próxima sexta, 16, quando a galera inscrita apresentará seu próprio filme, produzido de forma individual. Ao final da oficina, uma mostra competitiva entrará em cartaz no nosso canal do Youtube e os realizadores dos filmes mais curtidos levarão prêmios que vão desde cursos oferecidos pela Microlins até um celular, para que a pessoa premiada possa ter ferramentas para continuar desenvolvendo o que foi discutido ao longo da semana.

“Fui escolhida para ministrar essa oficina porque, além de produtora, sou moradora periférica e tenho boas memórias da minha época de infância brincando na rua”, se apresentou Fernanda, levantando, também, o tema da Egbé em 2021 que é celebrar a criança preta viva em nós. Em seguida, abriu espaço para que a turma se apresentasse e comentasse sobre a última produção audiovisual assistida. “O que a gente assiste também é um pouco do que a gente é”, ressalta.

Feita as devidas apresentações, a noite seguiu com uma breve introdução à história do cinema, passando por seus diversos movimentos. Linguagem cinematográfica também foi outro tema discutido. “Esses slides que apresentei, foram do meu primeiro ano na universidade, guardo até hoje, pois acho muito lúdico” comenta Fernanda, com a mesma leveza com a qual conduziu a primeira noite de oficina. Evelly Lima, 16, mora no Conjunto João Alves, gosta de filmes, de atuar e de assistir séries. “Gosto muito de arte como um todo, mas nunca cheguei a estudar isso. Tudo é novo pra mim, então estou amando aprender”, comenta animada para o segundo dia. Já para Adrielle Silva, 19, moradora do Marcus Freire II, o que marcou o primeiro encontro foi a linguagem cinematográfica: “Gostei bastante dos movimentos de câmera”, fazendo alusão aos trechos de filmes clássicos do cinema exibidos durante a noite.

Finalizando o primeiro encontro, Fernanda joga um desafio para a turma: fazer um vídeo de um minuto usando diferentes planos e enquadramentos. “Eu percebo uma ansiedade deles em gravar e isso é muito do tempo deles, eles queriam saber mais sobre o tema do vídeo do que tudo que envolve o processo”, comenta bem humorada. “Mas percebi que eles gostaram, também, dos trechos exibidos durante a breve história do cinema mundial e isso é bem legal”, finaliza.