Luciana Oliveira, diretora geral da Egbé, participa do 15º Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul, no Rio de Janeiro

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Entre os dias 19 e 24 de outubro ocorreu, no Rio de Janeiro, o 15º Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul: Brasil, África, Caribe e outras diásporas, umas das principais janelas do Cinema Negro no Brasil. Como convidada, Luciana Oliveira, diretora geral da Egbé Mostra de Cinema Negro, teve a oportunidade de mediar a mesa “Mulheres Negras no Audiovisual”, e de participar de uma segunda mesa para apresentar um panorama da história da Egbé, e o que a mostra se propõe a fazer no cenário cinematográfico nordestino e brasileiro.

Apesar de acompanhar o encontro há oito anos, essa foi sua primeira edição como convidada. “Um dos momentos mais marcantes para mim foi poder mediar uma mesa tão potente sobre ‘Mulheres negras no Audiovisual’ ao lado de Grace Passô, Renata Martins e Pamela Owusu, cineasta ganense. Esse evento, para mim, que venho pesquisando o cinema de mulheres negras há anos e realizando também, deixou uma forte impressão, por dividir esse espaço com elas no palco do Odeon, com várias outras realizadoras pretas na plateia dividindo suas experiências e partilhando vivências de afeto no Cinema”, relembrou Luciana.

Para Luciana Oliveira, a oportunidade de vivenciar os encontros e reencontros com pessoas queridas, com outres realizadores e profissionais do audiovisual também foi outro ponto alto da sua participação no evento. “Foi muito bacana e interessante vivenciar a proposta de espaço-quilombo cinematográfico que Zózimo Bulbul criou”, destacou.

A cineasta acredita, ainda, na importância dos espaços de exibição do Cinema Negro estarem em contato, fortalecendo uns aos outros e trocando experiências. “Acho que espaços como esses precisam ser mais frequentes para que possamos entender como nos organizamos fora do eixo Rio-SP. Essa troca fortalece o circuito e sempre sinto que ao estarmos em contato podemos nos potencializar”, destacou Luciana Oliveira.

Depois de dias de partilhas e imersão no Cinema Negro, Luciana Oliveira traz na bagagem as boas lembranças dos encontros e reencontros com os colegas de profissão, mas além disso, ela volta, também com uma frase ecoando na cabeça: “‘Quem tem inspirações individuais, jamais entenderá uma luta coletiva.’Não sei de quem é a autoria dessa frase, mas esses dias só confirmaram o quão importante é cada mostra e cada festival de Cinema Negro realizado em todas as partes do Brasil, e que o esforço que estamos fazendo para continuar, para tornar possíveis esses espaços-quilombos, valem a pena.”, finalizou.